O maior e mais terrível engano provêm da ignorância na Palavra e Poder de Deus

São muitos os grupos teológicos no mundo de hoje e as linhas doutrinárias das mais distintas e que mais confunde do que ajuda. Não é diferente da época de Cristo em termos de interpretação doutrinária e uso das Escrituras. A grande questão aqui é que o engano do passado continua sendo o engano do presente pois o coração humano continua insubmisso a vontade de Deus e se submetendo ao próprio coração enganoso e ouvindo aquilo que deseja e não aquilo que precisa conhecer.

Jesus aqui está em uma sequência de confrontações. Ele está sendo interrogado e de maneira bem intensa como podemos perceber na maneira como os textos nos mostra:

– As inquisições: 11:27;12:13,18,28

– As reações: 11:18; 12:12,17,34

Jesus já havia confrontado os seguintes temas dentro do templo como sistema religioso:

– A falsa adoração e oração dentro do templo e a destruição deste como sistema religioso

– A real insubmissão a autoridade de Deus e de seus enviados

– A relação entre a fé e o governo

– Agora Jesus irá confrontar o papel da Palavra na obra de Deus e a relação deles com ela

Vamos ao texto:

12:18 – Os saduceus se aproximam de Jesus para falar sobre a ressurreição

Enquanto os Fariseus eram:

– Grupo maior e mais popular

– Grupos que se apoiava em toda a Escritura, mas somava a ela a tradição oral dos mestres como no caso do Talmude que interpretava os livros para a vida prática das pessoas. Esta era a diferença que fazia Jesus que pregava diretamente das Escrituras fosse reconhecido com quem tem autoridade: Mc 1:27; Mt 7:28-29

Os Saduceus eram:

– Os saduceus eram um grupo religioso minoritário, mas composto pela elite rica de sacerdotes, eram frios e rudes (juízes cruéis) assim como distantes do povo.

– Eles acreditavam apenas no Pentateuco e se opunham aos salmos e profetas (extremamente apegados a letra da Lei de maneira fria)

– Eles eram apoiadores do governo e apoiados por ele (secularizados)

– Membros do sinédrio que seria o tipo de STF judaico

12:19-23 – Os saduceus argumentam a inexistência da ressurreição com Jesus com base na aplicação da Lei do Levirato na vida de uma mulher que por isso casou com sete irmão e ao ressuscitar com quem ela ficaria casada

– Conforme Dt 25:5-6 – Esta Lei determinava que o cunhado não casado casasse com a viúva do irmão para garantir a continuidade do nome de seu irmão e da família

– Eles aplicam aqui a junção da Lei do Levirato e do casamento dentro de uma perspectiva da ressurreição já que queriam derrubar a ideia da ressurreição

12:24-27 – Jesus afirma que o erro básico deles é não conhecer as Escrituras e o poder de Deus e confronta as ideias deles

12:24 – Seu erro básico: Não conhecer as Escrituras e nem o poder de Deus

– Eles desconheciam a Escritura e de que maneira o poder de Deus se manifestava no mundo porque:

– Eles eram secularizados e tratavam a Lei apenas como um livro e não como uma obra de Deus sendo realizada no mundo

12:25 – Quanto ao casamento: Na ressurreição não haverá vínculo conjugal

– Eles uniram dois momentos distintos da obra Soberana de Deus no mundo. Eles desconsideraram uma visão de Teologia Bíblica de cada princípio. Eles aplicaram uma visão sistemática que desconsidera o momento da revelação de Deus no tempo.

12:26-27 – Quanto ao fato da ressurreição: Deus considerou os patriarcas mortos como ainda vivos não sendo um Deus de mortos, mas de vivos

– Jesus usa o Pentateuco contra eles

– Jesus aplica um princípio hermenêutico básico para os escribas daquela época: O tempo verbal e o fato de que eles consideravam os mortos como algo que não teria mais participação na história e Jesus quebra este pensamentos afirmando que estes patriarcas ainda estavam vivos para Deus.

IMPLICAÇÕES:

– Considerar as Escrituras como meras letras da Lei sem levar em conta que Deus é um Deus presente e se revela no tempo, na história é desconhecer as Escrituras e o Poder de Deus. Este foi o erro básico dos Saduceus.

– Não respeitar a Palavra de Deus como um todo é permanecer enganado em seus próprios pecados. A única forma de libertar verdadeiramente a mente e o coração é conhecendo a Palavra de Deus: Conhecereis a verdade e a verdade vos libertara; Santifica-os pela Tua Verdade, a tua Palavra é a verdade.

Como Jesus se relacionava com a Palavra de Deus? (apenas citar e ler)

h. A razão mais convincente para crermos de a Escritura é inspirada, inerrante, clara e suficiente reside no fato de que Jesus também cria nela como sendo isso

iii. Mt 5:17-18 – Jesus diz que não veio revogar a lei mas cumprir

1. “Não pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir. (Mateus 5:17)

iv. Mt 19:4-6 – Jesus usa Gênesis para falar sobre o princípio do casamento – “Não tendes lido que desde o princípio”

v. Mc 8:31 – Jesus via sua vida como um cumprimento de toda Escritura

1. “Então ele começou a ensinar-lhes que era necessário que o Filho do homem sofresse muitas coisas e fosse rejeitado pelos líderes religiosos, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da lei, fosse morto e três dias depois ressuscitasse.” (Marcos 8:31)

vi. Mt 4:1-11 – Jesus usou a Escritura para resistir a tentações

vii. Mt 19:1-12 – Jesus usou para resolver disputas teológicas

viii. Mt 27:46 – Jesus morreu citando a Escritura

ix. Lc 24:13-17,44-47 – Jesus expôs as Escrituras para revelar-se ao coração no caminho de Emaús

Como viveremos os últimos dias com relação a Palavra de Deus?

– 2 Pe 3:13-18

– 2 Tm 4:1-4

– Amós 8:11-12

APLICAÇÃO:

– E você como ter se relacionado com a Palavra de Deus? Como algo vivo e atuante no mundo ou apenas como um livro de fim de semana ou algo que tem regras que você pode buscar para quebrar encontrando brechas nele que te tornem justos mesmo fazendo o pecado que você deseja? Como você tem vivido com relação as Escrituras e o Poder de Deus? ENGANADO ou buscando não se deixar ser enganado pelo teu enganoso coração?