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Esboço de pregação sobre sexo no casamento. Mensagem bíblica para encontro de casais e culto sobre relacionamentos.

Sexo no casamento é algo que muitos pensam, muitos querem, muitos fazem, ou não, mas poucos falam. Será que Deus falou sobre sexo? Será que o fato de não falarmos é porque muitos pensam que é algo puramente prático e da natureza humana? Ou não falamos porque não conhecemos o assunto? Ou porque achamos que não devemos falar? Por este motivo acredito ser muito importante, assim como, no projeto de uma casa, conversar com o arquiteto para entender a utilidade de cada cômodo ou limitações e usos do projeto, devemos também perguntar ao projetista da sexualidade o que ele pensou sobre o mesmo quando o criava. Deus é este grande projetista!

E como muitos acham que o sexo é inerentemente pecaminoso já vou adiantando aqui que não! O pecado não está no sexo mas na forma como ele é usado para o prazer humano, objetivo este, para o qual ele existe que é a alegria do casal casado. O pecado é fazer uso da criação de Deus fora do propósito do projetista e isso sim traz uma série de problemas operacionais!  

Vou abordar aqui apenas um texto em nosso estudo pois meu foco aqui é deixar o texto bíblico falar, e mirar questões mais práticas do sexo. Mas antes de partir para o texto, quero afirmar aqui que a bíblia fala muita coisa sobre sexo e se quiser aprender mais, existem muitos materiais interessantes que abordam o assunto.

Quero apenas determinar algumas coisas aqui a princípio: O sexo foi criado por Deus para deleite do casal CASADO! E o livro de Cantares em um de seus capítulos celebra a vida sexual de um casal de modo poético e romântico! Além de que muitos grandes homens de Deus caíram exatamente na área sexual na história bíblica! Então o sexo é importante para Deus pois é criação dele e deve ser vivido com responsabilidade! Ele pode ser fruto de bênção mas também de extremo sofrimento! 

Como falei meu objetivo aqui é expor apenas um texto e deixar a Bíblia falar conosco! Vamos em frente! 

Paulo, o teólogo dos assuntos que ninguém quer falar, falou sobre este tema em uma sociedade que pervertia em muito, o sentido do sexo e isso estava sendo infiltrado na igreja e nas práticas dos casais, mas como Deus é atual e se importa com sua imagem refletida no homem, apresenta através de Paulo princípios que valem a pena refletirmos para nossa vida e é muito mais atual que o jornal de amanhã! 

O texto é 1 Co 7:1-5 

Verso 1 – “Quanto ao que me escrevestes, é bom que o homem não toque em mulher” 

Paulo começa aqui falando em tom de resposta. Ele recebeu uma carta dos coríntios com perguntas sobre o tema da sexualidade, o que nos leva a entender que para os cristãos, este assunto sempre foi motivo de dúvidas e que obviamente, apesar de ser algo aparentemente tão simples de ser vivido dentro do contexto do casamento, é algo que é fortemente pervertido pelo mundo, e que entra em nossas vidas pela porta da frente de nossa casa, juntamente conosco, pois carregamos em nossa mente aquilo que o mundo tenta imprimir em nós o tempo inteiro e estes pensamentos encontram em nós um forte aliado e veículo para condução destas ideias que é o pecado em nós. Esta união do pecado e das ideias mundanas em nossa vida contrariado pelo desejo de viver uma vida santa em Deus em todas as áreas nos faz ter dúvidas. Estas foram as dúvidas apresentados pelos coríntios a Paulo e vamos ver agora sua resposta. 

A primeira resposta de Paulo é: “É bom que o homem não toque em mulher”. Como pode Paulo? Isso é resposta? Nós não queremos ser celibatários como você! Você pode até ter pensado isso, mas a questão aqui, não é o fato de “ser” ou não “ser”, mas o fato é, em que posição este “ser” está em sua vida? A resposta de Paulo fica mais clara nos versos do 7 ao 8 onde ele posiciona o celibatário como alguém que foi chamado por Deus para isso, mas os que não podem conter-se sexualmente então devem se casar e ponto final. A questão que vejo aqui está mais no fato da centralidade da sexualidade. Paulo sabe que o sexo traz soluções, mas também traz problemas (o que ele vai tratar mais a frente).  

Diante disto acredito que Paulo poderia estar pesando: “Qual o nível de importância você tem dado ao sexo? Será que você é um idolatra do sexo? Assim como é bom que o homem faça sexo, também é bom que ele não faça, ou seja, este tema não deveria ter centralidade na vida humana pois ele não passa de um dos assuntos da vida e não o significado da vida como muitos tem feito!” No entanto logo em seguida ele mostra que existe uma realidade sobre o sexo que não podemos negar! 

Questões práticas: Mas quero questionar você agora! Vivemos em uma época extremamente sexualizada, ou seja, vemos sexo diante de nós ou proposta para pensar nele o tempo todo! Será que isto não tem feito você colocar o sexo, ou a necessidade dele em sua vida numa posição que não deveria estar? Cuidado para você não ser um idólatra do sexo, pois seria bom para o homem não ser assim tão dependente do sexo para achar a felicidade, pois ela deve residir no fato de estarmos com Deus e não com uma sexualidade atuante ou não.   

Verso 2 – “mas, por causa da impureza, cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido.” 

“Mas”, um imenso e significativo, “mas”, surge no meio da resposta indicando que existe um “mas” para tudo isso, sobre a importância do sexo. Um tipo de pecado surge a partir da existência do sexo e este pecado é a impureza! Agora apesar de que o sexo não deveria ser visto com um olhar idólatra ele também não deve ser evitado quando entra em jogo o assunto de outro pecado, ou seja, você pode ser livre da idolatria do sexo, mas pode cair na impureza sexual. Mas como evitar isso segundo Paulo? Tenha o seu próprio esposo ou esposa! Simples assim! Creio que para muitos pode não ser tão simples quando você está tentando juntar seu dinheiro para casar, ou já casado pode estar enfrentando problemas dentro do seu casamento, então posso dizer que o casamento não é uma solução tão simples assim (creio que existam aí outras questões a serem tratadas na sua vida), mas pelo menos, no contexto do texto, a presença de uma parceira sexual dentro do casamento resolve outro problema de pecado: a impureza. Então podemos concluir que o sexo no casamento é um antídoto criado por Deus contra a impureza sexual e a falta dele no casamento aumenta nossa propensão a este pecado. 

Questões práticas: O sexo não vivido satisfatoriamente aumenta nossa propensão ao pecado da impureza, mas precisamos nos perguntar o que é satisfação para nós? Cuidado para você não estar buscando um padrão sexual desenhado pelo mundo e que é inalcançável ou não projetado para seu relacionamento e isso está gerando insatisfação em você por ter criado expectativas irreais injetadas pelo mundo pervertido que nos cerca. O sexo no casamento é uma aventura de busca pela pureza e fuga da imoralidade e isso só é possível quando buscamos da maneira certa, aí sim o antídoto cria um efeito incrível em nossa jornada de uma só carne! Questione se você tem buscado um padrão irreal de satisfação ou pode não estar sendo o antídoto do seu cônjuge para a impureza na vida dele.  

Paulo em sua resposta nos ajudou a fugir de dois problemas relativos a forma como o pecado perverte o sexo, um é a idolatria ao sexo e o outro é a impureza pela prática do sexo fora do casamento agora vamos a outro ponto. 

Verso 3 e 4 – “O marido conceda à esposa o que lhe é devido, e também, semelhantemente, a esposa, ao seu marido. A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim o marido; e também, semelhantemente, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim a mulher.” 

Podemos ver aqui que o sexo no casamento gera uma dívida que deve ser paga. Parece até que pensando assim temos uma obrigação, mas na realidade é de fato um dever a nós conferido e este deve ser devidamente quitado para que cumpramos a missão do sexo dado por Deus a nós. Não se trata de uma relação forçada ou coisa assim até mesmo porque isso seria violência e não é este o plano de Deus para o sexo no casamento.

O pensamento de Paulo aqui está no fato de que o sexo nos confronta com a ideia de servir ao outro em amor e não de modo egoísta. Ou seja, nossa meta é a satisfação do outro e isto é nossa dívida que deve ser prazerosamente paga com amor e carinho planejados por Deus nessa relação de cumplicidade do casal. Se esta dívida não está sendo paga com prazer e em amor então estamos com sérios problemas a serem resolvidos aqui, pois o projeto do sexo no casamento é este.  

O sexo é um direito igualmente adquirido e fornecido por Deus aos dois pois ambos igualmente não detêm os poderes sobre seu corpo, mas o cônjuge o detém isto apresenta um sentimento de esvaziamento de si mesmo em busca do prazer do outro. Podemos então aprender outra coisa sobre o sexo: Ele é um ato de doar-se para o outro não visando nossos benefícios, mas o prazer do nosso cônjuge. O sexo não é uma busca egoísta, mas uma busca altruísta de conceder ao outro a satisfação sexual.  

Questões Práticas: Como você tem vivenciado a experiência de prazer na sua intimidade com seu cônjuge? Você tem se perguntado se ele está satisfeito com você? Ou você pensa apenas em si mesmo e em sua autossatisfação e se não foi bom o problema não está em mim e sim nele ou nela!? Você tem feito este autoexame se tem cumprido a dívida de amor para com seu cônjuge de satisfazê-lo? Ou você tem vivido uma vida egoísta de autosserviço? Fuja do egoísmo e busque cumprir a missão dada por Deus a você e seja feliz em fazer o outro feliz. 

Até este ponto podemos recapitular que com Paulo aprendemos que: 

– O sexo no casamento é uma das formas de fugir da idolatria sexual 

– O sexo no casamento é um antídoto contra a impureza sexual 

– O sexo no casamento é uma busca por conceder ao outro a satisfação sexual 

No verso seguinte ele fala de um último e importante ponto sobre o projeto de Deus para o sexo. 

Verso 5 e 6 – “Não vos priveis um ao outro, salvo talvez por mútuo consentimento, por algum tempo, para vos dedicardes à oração e, novamente, vos ajuntardes, para que Satanás não vos tente por causa da incontinência. E isto vos digo como concessão e não por mandamento” 

Não deve-se ocorrer a privação de um para com o outro como vemos claramente nos versos anteriores, mas isso não significa que o sexo deve ser praticado sempre que um dos cônjuges quiser, pois assim como Salomão falou sabiamente em Eclesiastes, existe um tempo para tudo debaixo do sol. Quando isso ocorre na prática?

Podemos entender aqui que o exemplo citado por Paulo dos momentos de abstenção é para a prática de orações e jejuns, mas acredito que muitas outras coisas também podem ser trazidas aqui em questão, que poderiam evitar a prática do sexo. No entanto, não quero enumerar aqui, obviamente, quero tratar o princípio por traz deste texto que é o de que deve existir um consentimento mútuo, ou seja, uma concordância de ambos. Diante disso, concluo que o sexo no casamento exige diálogo!

Não podemos entender, ser possível, haver consentimento mútuo, sem que haja diálogo, é necessário conversar, é imperativo! Falo de diálogo franco e sincero e não de desculpas do tipo, “estou com dor de cabeça, homem!”, “Este foi um dia muito estressante de trabalho, mulher!” E que na realidade podem estar escondendo feridas e traumas do relacionamento e até mesmo da vida sexual que não estão sendo tratadas. Portanto, diante disso podemos aprender outro princípio: O sexo no casamento exige diálogo franco e mútuo consentimento! 

Questões práticas: Faz quanto tempo que você conversou abertamente com sua mulher/marido sobre sexo? É difícil falar sobre isso? Então acenda o alerta de que sua vida sexual pode não estar tão satisfatória assim como você imagina! V

amos lá vou te ajudar, faça uma simples pergunta do tipo: Você tem se sentido feliz em nossa intimidade? Ou, tenho feito algo que você se sente constrangido(a) ou desconfortável? E por aí vai, basta haver amor e preocupação com o bem-estar emocional do outro, que vamos em frente com nossas perguntas e conversas sobre o assunto! Ore e peça a Deus sabedoria pois ele se preocupa com sua vida sexual sim!  

Voltando ao texto, podemos listar os princípios que aprendemos:  

– O sexo no casamento é uma das formas de fugir da idolatria sexual 

– O sexo no casamento é um antídoto contra a impureza sexual 

– O sexo no casamento é uma busca por conceder ao outro a satisfação sexual 

– O sexo no casamento exige diálogo franco e mútuo consentimento 

Estes princípios nos fazem entender que o projeto de Deus para o sexo é:  

– O sexo é para casais casados 

– O sexo não é o centro da vida 

– O sexo no casamento é um antídoto contra o pecado, mas, quando busca-se, em amor, a satisfação do outro e dialogamos abertamente sobre ele na busca do mútuo consentimento e sentimento. 

Portanto, quero concluir te dizendo que podemos sim, viver vidas sexuais para a glória de Deus, e isto é plano e desejo Dele de nos presentear com a alegria de viver a união matrimonial desta forma. Deus está interessado sim, em sua sexualidade e quer te ver seguindo seus conselhos para provar a boa perfeita e agradável vontade Dele para sua vida de casado!   

Que o Senhor nos capacite a vivermos vidas sexuais como casados para Glória dele e satisfação de nossa alegria por estar em Cristo unidos como uma só carne!   

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